O People Analytics veio para mudar a forma como as empresas tomam decisões sobre gestão de pessoas. Em vez de apostar na intuição ou no feeling, essa abordagem estratégica se baseia em dados concretos para entender o que realmente funciona dentro de uma organização. Seja para reduzir o turnover, melhorar o desempenho ou aumentar a satisfação dos colaboradores, essa metodologia transforma informações em insights valiosos, ajudando a alinhar as ações do RH com os objetivos do negócio.
Para aplicar o People Analytics na prática, o primeiro passo é definir objetivos claros. Cada empresa tem suas próprias dores e desafios, então é essencial saber exatamente o que se quer resolver. A Nielsen, por exemplo, usou essa estratégia para identificar os fatores que levavam seus funcionários a pedirem demissão. Já o Google, no famoso Project Oxygen, analisou os traços em comum dos seus melhores gestores para entender quais comportamentos realmente fazem a diferença no dia a dia das equipes.
Depois de estabelecer um objetivo, é hora de coletar e organizar os dados. Aqui, vale tudo: desde informações retiradas de sistemas de RH até pesquisas de engajamento e feedbacks dos funcionários. O importante é reunir um volume relevante de dados, sejam eles quantitativos, como produtividade e absenteísmo, ou qualitativos, como percepções sobre o ambiente de trabalho. A IBM, por exemplo, usou inteligência artificial para monitorar sentimentos dos colaboradores por meio das redes sociais internas e, assim, identificar pontos de insatisfação antes que se tornassem problemas maiores.
A tecnologia, aliás, tem um papel crucial no People Analytics. Ferramentas de análise de dados e inteligência artificial ajudam a processar e interpretar grandes volumes de informação, transformando números soltos em insights úteis. Algumas empresas, como a Embraer, já utilizam IA para otimizar processos seletivos, analisando o perfil dos candidatos e reduzindo a carga de trabalho dos gestores na hora de contratar novos talentos.
Mas de nada adianta coletar um monte de dados se eles não forem analisados corretamente. Técnicas como análises preditivas podem antecipar comportamentos, como risco de desligamento de funcionários, enquanto análises prescritivas sugerem ações para otimizar resultados. A McKinsey, por exemplo, descobriu que seus programas de mentoria eram fundamentais para reter talentos e, com isso, conseguiu reduzir o risco de perda de profissionais em até 40%.
E, claro, tudo isso só faz sentido se os dados forem usados para tomar decisões concretas. O Bank of America, por exemplo, percebeu que certas práticas de colaboração entre equipes melhoravam o desempenho e ajustou sua estratégia com base nesses insights. O importante é que a análise de dados não seja algo pontual, mas sim um processo contínuo, com acompanhamento regular para que as estratégias sejam sempre atualizadas conforme a realidade da empresa.
Os benefícios do People Analytics são muitos. Empresas que adotam essa abordagem conseguem reduzir custos, aumentar a produtividade e personalizar soluções para atender melhor as necessidades dos colaboradores. Mais do que isso, tornam-se mais estratégicas e preparadas para lidar com os desafios do mercado.
Seja para identificar padrões, prever cenários ou encontrar oportunidades de melhoria, o People Analytics já é uma peça-chave para empresas que querem transformar dados em vantagem competitiva. E a boa notícia? Nunca foi tão fácil começar. Basta ter as ferramentas certas, fazer as perguntas certas e, claro, agir com base nos insights certos.
